quinta-feira, 30 de junho de 2011

O dia segue sem choro

O dia segue e os poros da mente ainda pedem para que o trabalho apavore a humanidade em todos os seus laticínios. A vontade de engordurar as camisas de óleo para comer algo que se reflita em gás, ainda entra naquela verdadeira chama de lucidez que nos agoniza na hora de tomar o chá das seis, seis porque no Brasil às 17hs ainda são ensolaradas, fora dias nebulosos e neblinados como se vê na serra carioca, mas onde todos os seus moradores só chamam para fumar, tomar um gole em uma taça de vinho ou até mesmo no intervalo para o café.

Digamos que o dia se ilumina com um punhado de açúcar numa caneca rosada, que vem dizer que o dia ainda está iniciando e mesmo assim ele já corre extenso por uma par de vibrações que antes forjadas por serem malignas se tornam verdadeiras nuvens de informação no degrau acima da cabeça e agonia, as músicas já não se fazem presentes, pois a terapia matinal de fazer fumaça ainda ameaça a saúde de quem se vê parâmetros de distância de uma doença paupável mas não repressora, como uma dengue hemorrágica.

As filas dos bancos entram enrriquecedoramente ao ponto em que nós pessoas da sociedade adversa vivemos sem contas em bancos e ao mesmo tempo em que os salários pagos por seus contratntes entram líquidos e legais sem descontos de suas máquinas empresariais, assim dizendo. Para quem não consegue reprimir a solidão, o dia é marcante. Para quem entende de prazer, uma passagem ao relento fala que ontem a noite foi de protestos e marcação. Os amigos dizem que a forte corruptura de seus eleitores chega a ser comédia em torno de algo tão comum e normal, uma vida a ribanceira a esteira e uma cama, perto de uma lareira que cheira a pinho ou carvalho queimado em uma braçadeira.

Quem já esqueceu de seus antigos moinhos é o homem que anda nú. Nú como uma rosa de espinhos que cheirou a pétala orvalhada em ouro naquela mesa distante de um café das três, este horário que nõ nos deixa mentir, também em meio à nuvens supremas envoltas de viagens escalafabéticas presunçosas de mordomia de requinte tribal, sejam eles dias ou noites em grupos que se mostram risonhos tristes e escaldados, porém muito mestiços e realmente esclarecedores.

Mesmo que o dia nos afobe, já se sabe que se pode contar mesmo que nos dedos seus amigos perdidos em voltas mil, a ninguém remediar as trocas de tormentas por amizades verdadeiras como o trem da passagem ou o da velocidade zen. Então assim como se faz na travessia da maré da Baia de Guanabara, se anda de vagão em vagão procurando a semente certeira que não aparece mas se mostra hostil, delinquente e famigerada, nossa.

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