Hoje acordei bolado, como se estivesse saído de um filme de sonhos e entrado para uma casa deserta e vazia, mas cheia de amores e pessoas de quem me recordo muito bem, e positivamente. Minha mãe me chamou baixinho, e eu levantei da cama. "Filho acorda, acorda" -disse ela sonolenta.
Eu acordei, escovei os dentes e fui trabalhar - ela me lembrou. Por isso saí de casa e peguei o metrô que me levava até a tijuca. Que menino ocupado falava ela, e os senhores de engenho ainda zuniam em minha cabeça, como se eu fosse um autor de novela. O dia estava bem claro e aquela luz doía em minha cabeça. Mesmo de óculos escuros e bem grandes e, faziam alusão do meu último emprego, na Chilli Beans, onde eu ganhava o dia vendendo um, dois, três, dez óculos por dia. E isto fazia minha jornada no final do mês.
Pés cansados, tênis sem conforto. Pois eles eram de tela na sola o que fazia ficar com os pés totalmente dormentes e modelados, como uma tela de pintura. "Sim, este trabalho me consome" diz o meu chefe, e eu sem querer entretelo ficava calado, afoito, esperando as horas passarem para dar prosseguimento ao dia, só.
"Eu pedi demissão" - disse o meu parceiro. "Pra que"? - fala o Jander em boa versão de uma lingua que nem eu entendia muito bem. "Pra que" - ele fala, eu dizendo que gostaria que ele ficasse mais tempo, pois não adiantaria ele sair para nada. Mas o Renato falou que ele seria detalhado como ninguém, e que gostaria de ler o que ele havia escrito.
Uma mudança de projetos me fez sentir pior assim. E eu achando que ele gostaria de um aumento. Eu não compro, eu não falo, mas continuo bem intrigante com a mente lá nos pés.
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